Felicidade acontece ?
A cena da infância chegou bem nítida à sua mente: ela na beira do rio, inaugurando o tão desejado kaiaque, presente do avô. A mãe a ajudou a entrar, certificou-se que o salva-vidas estava devidamente apertado e disse: cuidado pra não virar e você beber muita água.
O primeiro passeio com o kaiaque novo teve o fantasma da virada indesejada. A preocupação em não errar os movimentos, se encarregou de levar embora a diversão e o prazer.
Foi assim durante toda a sua vida, as conquistas chegavam e não eram saboreadas. Ela sempre se preparou para a calamidade, para não para ser feliz e aproveitar cada momento conquistado.
Será que não é assim que vivemos? Será que não somos treinados para esperar o pior, o que não vai dar certo, a tragédia? Qual treinamento tivemos para reconhecer, aceitar e viver a felicidade?
Acho que nenhum. Todo o preparo é para o desencontro, para a dor inevitável. O que não dá certo tem sempre mais espaço. Soa estranho? Alguém te faz nove elogios e uma crítca. Do que você vai se lembrar uma semana depois ?
A gente está feliz com uma relação e vem aquela amiga prudente: não se empolgue tanto, vá com calma. A famigerada frase “tudo que é bom dura pouco”, gruda em nossas mentes e a lógica se inverte. Exatamente porque o que é bom pode durar pouco, é que devemos estar preparados para reconhecer e viver o que é bom intensamente. A lógica invertida vira uma profecia autorealizada. A gente começa a prever o fim, de alguma forma se boicota e o fim vem, inexorável, validando o treinamento para a infelicidade.
Lembrei da frase do Guimarães Rosa: “ Felicidade se acha nas horinhas de descuido”. Precisamos nos descuidar mais da certeza da infelicidade, do que pode e vai dar errado.
Acredito que investimos muito tempo e recursos lidando com a dor, tentando evitá-la ou nos esforçando para dela sair. Quanto tempo será que realmente investimos na felicidade?
A felicidade pode não ser essa entidade contínua e perene.
Talvez esse estado de pureza, exista apenas em templos no Tibet e em mosteiros, mas nós vivemos aqui nos trópicos, em cidades complicadas, violentas e estressantes.
Não acredito em felicidade, acredito em pequenas felicidades, aquelas que tornam o viver (que não é coisa pra amador) suportável e mais leve. Pode ser um gesto de carinho, um banho quente numa noite fria, uma refeição, um beijo, um telefonema de surpresa, um presente, um gesto, enfim qualquer coisa que reforce a sensação de bem estar e que nos treine em identificar, aceitar e viver esse estado de graça.
Os problemas virão certamente e viver as pequenas felicidades requer treino. Melhor começar hoje.
Antonio Augusto
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