Sobre perdas
“Devemos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para poder viver a vida que nos espera.”
Joseph Campbell
Em 1950 o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo no Maracanã. Conversando com pessoas que viveram a experiência, lendo relatos,ou vendo videos, é possível perceber o sentimento vivido por milhões, que apenas com um olhar se solidarizavam na dor.
Dores coletivas tem um lado bom, aguçam o sentimento de solidariedade, sobrepõem o nós ao eu, mobilizam à ação. Quando parece ser impossível seguir adiante, alguém dá o primeiro passo, o segundo, e a partir daí o exemplo cria uma corrente que impulsiona todo mundo. As pessoas passam a encontrar reservas de energia onde acreditavam não mais haver.
A perda individual é diferente em alguns aspectos. Pode ser um amigo que se foi, a demissão inesperada de um emprego,uma conquista desejada que não ocorreu, um amor que se mostrou impossível, o abandono de (ou a) quem voce amava, não importa!
Na solidão da sua dor, só voce sabe a dimensão que ela tem, e por mais que você tente, não é possível compartilhá-la.
As pessoas que nos amam (amigos e familiares) tentam nos mostrar que tudo é passageiro, e a gente sabe que é. Mas existe uma eternidade ilusória no luto, na aceitação da perda, que é individual, solitária e que leva o tempo de cada um.
Nesse período a gente tenta de tudo: muda de cidade, de país, de religião,de médico, de trabalho, hábito alimentar, muda os percursos e sem saber, vamos mudando internamente.
O problema é que não percebemos (nem recebemos) os frutos da mudança enquanto vivemos o processo. Eles serão colhidos mais na frente.
A parte mais difícil é seguir caminhando, dar o primeiro passo. Entre a perda e o novo, existe um purgatóro de vazio (território de zumbis) que precisa ser atravessado. Como fazer isso sozinhos?
Não tenho a resposta precisa mas sei exatamente o que não funciona.
Não funciona procurar entender todos os motivos (os nossos, os do outro, da vida, do Universo) e tentar achar na explicação, a salvação que modifique a realidade que temos.
Não funciona brigar com a realidade e esperar um milagre. Milagres acontecem,sim, mas são raros e,convenhamos, difícil achar um Santo por aí que vai nos dar uma mãozinha nessas horas.
Não funciona fazer de conta que a dor passou e eliminá-la por uma medida provisória: a partir de hoje decreto eliminada minha dor! Isso só vai adiar o encontro, e a danada tende a se potencializar quando reprimida.
Não funciona um otimismo emprestado que camufla a dor. É como colocar band-aid em fratura exposta.
Na falta de outra, talvez a a solução seja mergulhar na dor e vivê-la até que ela passe. É como entrar no mar com a água bem fria. Se caminharmos em direção ao ponto mais fundo, tentando nos adaptar à temperatura, vai dar mais trabalho e pode faltar coragem. Se mergulharmos e pronto, é mais fácil e,ao emergir, quem sabe tenhamos nos livrado dos planos que fizemos, e estejamos prontos para a vida que nos espera.
Antonio Augusto
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