Sobre amores modernos

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Saudades

Postado por Antonio Augusto em 19 Outubro
Saudades
 
Era um dia chuvoso! O barulho da chuva fazia que ele vestisse as saudades do que já não eram! 
Ela se despediu eletronicamente! Disse adeus, e pediu que não respondesse o email que falava dos sentimentos, do envolvimento e do medo de sofrer. Falou longamente sobre o quanto esperava ser correspondida, aceita e plenamente amada. Falou da espera e de não poder mais!
Seu MSN fora bloqueado assim como a amizade no Facebook fora desfeita. Sentia-se digitalmente apagado, deletado.
O silencio seria mais uma vitória inequívoca dos desencontros, ou apenas a admissão da incapacidade de amar? Não sabia, e talvez nunca viesse a saber, mas algo dentro dele estava diferente, incompleto, melancólico.
Colocou a roupa de corrida, pegou seu seu ipod e foi para o parque. A chuva fina não o incomodava mas a música mexia com sua alma. Flashes do sorriso dela insistiam em visitar sua mente. O vento aumentava a sensação de frio e tristeza, porque a tristeza é sempre fria. Não mais diferenciava as gotas de chuva das lágrimas que brotavam.
Aumentou o ritmo e mais rapidamente chegava a lugar algum. As paisagens do caminho eram cenários que vinham e iam sem sentido algum. Aliás, era assim que se sentia desde que ela se foi. 
Correu mais alguns quilômetros e parou à beira da exaustão.
A chuva havia passado e o sol se apresentava com alguns raios sobre o lago. Ao olhar o reflexo, teve esperança de dias melhores.
Passou pelo banco onde muitas vezes sentaram para conversar. Adoravam trocar idéias e impressões sobre a vida, os filhos, os trilhos, os destinos, os desatinos e riam bastante. Riam e falavam um do outro, das idiossincrasias mútuas, das contradições, dos preconceitos, dos desacertos, dos apertos, das derrotas, das angústias e também da solidão.
Sentia muita falta de ouvi-la, de conversar com ela, de saber da sua vida e de falar da própria. Sentia falta também dos pequenos silêncios, que compartilhavam em momentos de profunda intimidade.
A corrida era solitária, como era a leitura companheira, e como havia novamente se tornado sua vida desde que ela saiu à francesa.
Estava cansado de correr, de andar em círculos que levavam sempre ao labirinto da solidão. Queria voltar para ela e para tudo que significava, mas não sabia se deveria ou, se podia. 
Levantou e se preparava pra ir embora, quando uma mulher se aproximou e sentou ao seu lado. Estava chorando e isso o comoveu ainda mais. Ele tocou no seu ombro e perguntou se podia ajudar. Ela olhou com se suplicasse por um contato. Ele a abraçou e sentiu o peso da sua dor. Simplesmente a confortou pois, de alguma forma, sabia exatamente como ela se sentia.
Surpreendentemente o abraço dela também diminuiu sua própria dor. Ali, unidos pelo acaso e pelo sofrimento, estavam parados a mercê do que ficara pra trás.
Após alguns instantes o abraço se desfez, se agradeceram com um singelo olhar e seguiram seus caminhos ainda tristes mas aliviados, efeito do milagre da solidariedade humana!
 
Antonio Augusto
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Sobre o Autor

Escritor

Antonio Augusto escreve sobre o que vê, sente, entende e aprende.

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