Sobre amores modernos

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Sobre impossibilidades

Postado por Antonio Augusto em 11 Maio

Há coisas possíveis disfarçadas de impossíveis. Essas podem vir a se tornar futuros milagres! Sonhos de visionários com foco e capacidade de execução, que viram histórias de sucesso. Encontros fortuitos que viram histórias de amor devido à persistência de uma das partes que, vendo e sentindo o que a outra ainda não percebeu, inicia a caminhada solitária, saltando obstáculos com a certeza (e a inocência) dos apaixonados.

Existem também as coisas impossíveis, disfarçadas de possibilidades sedutoras. Aquele pote de ouro no fim do arco-iris, a terra prometida, o sonho a espera da realização.

A impossibilidade tem lá seu charme, e abriga neuroses, desejos de salvação ou masoquismo disfarçado. Por outro lado, já rendeu ao mundo livros e filmes inesquecíveis! Acrescente a isso um pouco de sexo selvagem (sim, porque as histórias impossíveis sempre tem sexo de qualidade) e temos os elementos perfeitos para longas esperas, investimentos (de tempo, afeto e recursos) a fundo perdido e muito sofrimento, porque "brigar com os Deuses" nunca foi uma proposta vencedora. Está aí a mitologia para provar!

Aí a gente começa a se perguntar como discernir as possibilidades disfarçadas de impossibilidades, das impossibilidades disfarçadas de possibilidades. Sempre bom nessas horas lembrar de uma história sobre os belos jardins britânicos. Certa feita perguntaram a um jardineiro inglês experiente o que era necessário para fazer um exuberante jardim. Ele humildemente respondeu: alguns acres de terra, sol, água e trezentos anos.

Pois é, pode ser que não precisemos de séculos mas o tempo e a dolorosa experiência de autoconhecimento são fundamentais para a agente aprender a se ouvir e a ouvir. Assim começamos rapidamente a distinguir uma simples melodia de um canto da sereia.

Antonio Augusto

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Escritor

Antonio Augusto escreve sobre o que vê, sente, entende e aprende.

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