Alice procurou ser tudo que sua mãe sonhava para ela: independente, livre, viajante, pioneira. Quatro décadas e meia depois tinha conseguido tudo, mas agora, sobre o que havia construído, estava uma mulher dividida e cansada. A dura caminhada solitária até aquele ponto havia cobrado um alto preço.
Houve escolhas difíceis mas conscientes e houve escolhas que nem mesmo se deu conta que havia feito. A busca pelo que desejava, ou achava que deveria querer, deixou marcas e a transformou em alguém muito diferente do que era na sua essência. Sua sensibilidade foi continuamente colocada em um lugar seguro, inacessível, que não interferisse com a estabilidade necessária para continuar lutando, desbravando, resistindo,vencendo.
Aquela sequencia interminável de batalhas criou um cansaço crônico, uma sensação de fadiga da alma que já não era mais possível desconsiderar. Na verdade corpo e alma já davam sinais claros que o modelo havia se esgotado. Mas o que fazer? ela se perguntava. Não tinha a resposta e um certo medo tomava conta nas noites de solidão.
Medo? Sim, medo era uma palavra proibida para uma mulher que tinha tanto a fazer, a conquistar, a provar. Mas após provar tantas coisas e provar-se, era difícil admitir, mas tinha medo, sim. O medo se refletia na insônia, nos quadros do futuro que pintava em sua mente, quadros onde ela terminava só com todos seus troféus e medalhas, mas só.
Os livros de auto ajuda (onde aprendemos lições de como ser feliz sozinhos) davam um certo alento mas no íntimo,lá no fundo, Alice sabia que a gente se realiza como ser humano, amando e amar era coisa que não havia aprendido a fazer.
Abriu a caixa de fotografias e o passado ganhou vida novamente naquelas imagens que guardou. Lugares e pessoas desfilavam e traziam recordações: umas alegres, outras doces, algumas tristes, algumas com certo arrependimento. Talvez se tivesse empregado tanta energia e dedicação para construir um relacionamento, como havia feito com suas conquistas, estivesse hoje numa situação diferente. Nunca teve dúvida do que era prioritário, fundamental, do que norteava todas as decisões e escolhas.
Mais do que nunca precisava de uma certeza parecida como guia. O caminho começava a ficar mais curto e mais estreito e era necessário começar logo. Ela sabia que a gente só aprende a amar, amando.
Ainda bem que o fim do ano se aproximava e uma nova porta se abria, cheia de possibilidades. Sabia também que o calendário era apenas uma referência, mas sem fé e esperança a vida fica quase insuportável. Melhor acreditar e seguir.
Antonio Augusto
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