Sobre amores modernos

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Faixa preta

Postado por Antonio Augusto em 28 Fevereiro
Ela entra no carro, fecha a porta, se ajeita no banco, se olha no espelho e ao olhar em volta descobre uma faixa preta de tecido na porta…
- Pedro Ernesto, o que é isso?
- Uma faixa preta, ora !
- De quem é?
- Não tenho a menor ideia.
- Pedro Ernesto, esse é o seu carro.
- Mas eu não sei mesmo.
- Não seja dissimulado.
- Não estou sendo.
- Eu sabia que isso um dia aconteceria.
- Isso o quê?
- Não se faça de bobo?
- Eu não sei que faixa é essa.
- É uma faixa de um vestido. Um vestido, Pedro Ernesto.
- Não sei como foi parar aí.
- Quem sabe o lava-rápido empregou uma funcionária com vestido de noite?
- Cristiane, eu não sei.
- Eu devia ter lido os sinais.
- Quais sinais?
- Você sempre distraído.
- Eu sou distraído desde que nos conhecemos.
- Dois presentes no mesmo mês.
- Foi aniversário e dia dos namorados e você disse que queria dois presentes.
- Agora a culpa é minha. Você sempre arruma um jeito de inverter a situação.
- Cris, eu juro que não sei.
- Não jure, Pedro Ernesto.
- Eu sabia que não dava pra confiar em homem.
- Mas eu não fiz nada.
- Sair com uma mulher e ela deixar a faixa do vestido no seu carro, não é nada?
- Que mulher, que vestido?
- Eu sei que a regra número um do manual masculino é negar até a morte.Chega, me deixe em casa.
- Mas nós moramos juntos há dois anos.
- Não importa, não sei se serei capaz de te perdoar um dia.
- Perdoar o quê?
- Você sabe, não seja cínico. Pra casa, vamos.
- Não vamos estragar a noite.
- Você estragou nossa vida.
- Eu não fiz nada.
- Está parecendo a Dilma, mente com a cara mais deslavada.
Chega. Pare o carro! Preciso andar, pensar no que vou fazer.
Ele parou, ela saiu aos prantos e bateu a porta. Ele ainda tentando entender o que havia acontecido. De repente ela pára, dá meia volta, bate na janela, abre a porta e entra no carro.
- Pedro Ernesto, você está perdoado.
- Como assim?
- Essa faixa é do meu vestido, esqueci quando voltamos do jantar da Bete.
- E toda essa confusão, não vai pedir desculpas?
- Culpa sua!
- Minha?
- Claro, se olhasse pra mim e observasse, saberia que a faixa era do meu vestido.
 
 
Antonio Augusto
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Sobre o Autor

Escritor

Antonio Augusto escreve sobre o que vê, sente, entende e aprende.

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