Sobre amores modernos

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Cartas de amor VI

Postado por Antonio Augusto em 03 Maio

Cartas de amor V

 

Minha Cara Helena,

Saí pelo mundo me procurando e vim para longe, muito longe.

Aqui na Patagônia, castigado por esse vento frio que penetra na pele, chega na alma e revela emoções escamoteadas pelo tempo e pelas defesas, olho para o céu e as estrelas abundantes formam uma obra de arte. Vejo cristais em um fundo negro e infinito.

Minhas mãos frias envolvem a xícara de chá de porcelana inglesa, que deve guardar histórias de muitas pessoas que aqui estiveram em busca de aventuras, sonhos, talvez amores e ilusões.

Sob esse céu estrelado, volto a sentir sua presença e lembrar das longas caminhadas que fizemos, divertidas trilhas de aventuras particulares, em comunhão com a natureza e com o que somos em nossa essência : eternos andarilhos e companheiros de viagem.

Sabe Helena, sinto falta de ver o mundo através dos seus olhos, do seu olhar e da sua forma peculiar de perceber cada nova paisagem. Era fascinante o jeito como você se encantava com a natureza e como celebrava cada nova forma descoberta, feito um artista em seu ateliê.

Aqui, sob as estrelas, estou cada vez mais perto do céu e de ti, pois a paz que invade meu espírito é a mesma proporcionada por sua presença, a qual anseio e sonho ter.

Com muitas saudades,

Miguel

 

 

Caro Miguel,

 

A Patagônia é tão distante, tão bela, tão você : um imenso deserto repleto de belezas e surpresas.

Sua carta trouxe um pouco desse vento frio, que percorreu meu corpo e me fez sentir mais sua falta, seu abraço e aquele acalanto, que só o corpo quente do homem amado pode trazer.

Fiquei imaginando você, nessa paisagem imensa, olhando para o céu estrelado, tendo inspirações, xícara de chá na mão e pensando em nós dois.

Muitas vezes o passado vai se distanciando e muito do que vivemos, passa a ser uma história contada sobre outros personagens, não aquela que vivemos. Contigo a sensação é que a nossa história invade o presente, por isso tenho sempre uma saudade imensa do que fomos.

Abri a janela, olhei para o céu, a paisagem urbana esconde as estrelas e a solidão, que sempre invade as noites da cidade.

Não sei porque lembrei da música do Belchior :

Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa

E nessas ilhas cheias de distância

O meu blusão de couro se estragou

Quis sair ao seu encontro e não voltar mais, nunca mais.

Sinto muito sua falta.

 

Helena

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Sobre o Autor

Escritor

Antonio Augusto escreve sobre o que vê, sente, entende e aprende.

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