Ano novo?
O último dia do ano se aproxima. Resoluções começam a ser definidas e listas escritas, e assim a esperança se renova. As pessoas se vestem de branco, vão para a praia, rezam para Iemanjá, para os mais diversos santos, mas o que realmente esperar?
Desconfio que os pedidos e desejos para um ano realmente novo poderiam ser substituídos por uma pergunta: como me tornar uma pessoa melhor?
Pergunta difícil de responder porque requer reflexão e humildade, artigos raros hoje em dia.
Podemos respondê-la de uma forma genérica e outra particular. A genérica é mais simples. Como ser melhor? Ouvindo mais, falando menos, nos livrando dos ressentimentos, reduzindo o tamanho do ego, prestando mais atenção ao outro e à vida, sendo mais tolerantes, tendo mais delicadeza e generosidade.
Para respondê-la de maneira particular é preciso olhar no espelho e encarar o que fizemos em 2013, 2012, 2011, e durante toda a vida.
Ver o filme das nossas vidas nem sempre é uma experiência agradável, principalmente quando observamos os cenários diferentes mas com cenas muito parecidas. Aí bate aquela sensação : tudo novamente mas nada de novo.
Somos o resultado das repetições, dos hábitos, dos padrões que aprendemos a ter.
O primeiro passo para a transformação é a consciência de que apenas a nossa mudança interior abrirá espaço para o novo, para o que pode ser diferente e com resultados decisivos em nossas vidas.
Nossa vida é uma história a ser escrita, onde temos a certeza apenas do primeiro e último capítulo. Eles já nascem prontos, sem nossa participação. Seria uma pena, se por nossa vontade, todos os demais capítulos fossem iguais.
Voltando ao dia 31, natural fazermos pedidos e expressar os desejos para 2014. Mas, se realmente quisermos algo transformador, precisamos estar dispostos a mudar, e essa tarefa pode começar a qualquer dia, hoje mesmo, amanhã, ou depois de amanhã, todos os dias.
Antonio Augusto
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