Sobre amores modernos

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Descomplicando

Postado por Antonio Augusto em 05 Dezembro
Descomplicando
 
O Criador andou pregando uma peça em nós mortais. Leva muito menos tempo para destruir, do que para construir qualquer coisa. É desproporcional!
Implosão? Anos para erguer um prédio de 20 andares, um aperto de um botão, cinco segundos e ...bummm. Poeira e um monte de entulho.
Uma amizade de décadas, uma pisada na bola, alguém mais inflexível, e pimba: menos um amigo no mundo.
Interessante: as pessoas investem muito mais tempo em atividades destrutivas do que em construir. O ego motivado pela vingança gasta horas, dias, planejando passos e como magoar o outro. Seria tão mais simples perdoar e seguir em frente mas...mas somos humanos e movidos por paixões que podem ser também negativas.
E o tempo investido em construir uma relação saudável, em cativar alguém, em fazer surpresas a quem se ama, em descobrir um jeito de se comunicar melhor? Muito pouco !
Já vi situações de brigas familiares por herança. Nesses casos as emoções são potencializadas e termina numa verdadeira marcha da insensatez. As paixões que desconstroem levam a uma situação onde todos perdem, o patrimônio se dilapida, mas não importa. Ser racional pra quê?
Lembro do filme Guerra dos Roses, com Michael Douglas e Kathleen Turner. O casal se separa e surge uma enorme disputa onde só haverá perdedores, mas, uma vez iniciada, eles não conseguem parar. Reféns do próprio ódio (que não é o oposto do amor) investem tempo e recursos para diminuir o outro, e se perdem pelo caminho.
É mais simples perdoar, falar das dores que o outro provocou (ou você achou que ele causou) mas preferimos sempre a alternativa mais complicada, as manobras que escondem as verdadeiras intenções, as mágoas e o desejo de vingança. 
O que torna a compaixão menos frequente é a falta de humildade e grandeza. Então não podemos esquecer que também erramos (e muito) e que um dia precisaremos de perdão.
Se lembrarmos disso e deixarmos o ego de lado, veremos o que é mais simples, investiremos menos tempo com gestos e atitudes pequenas. 
E, convenhamos, gastar a vida com o que nos mantém no sofrimento não faz sentido, faz?
 
Antonio Augusto
 
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Sobre o Autor

Escritor

Antonio Augusto escreve sobre o que vê, sente, entende e aprende.

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